3º Concurso de ideias de re-design

O concurso de Re-Design de Mobiliário/Equipamento Urbano (depósito/cisterna de água pública) em Meio Rural, é uma iniciativa promovida pela Associação “Quinta Oficina”, com a colaboração da Junta de Freguesia dos Coutos de Viseu e o financiamento da Câmara Municipal de Viseu. Este concurso consiste na promoção de uma intervenção artística/técnica no depósito existente no Largo das Figueiras, em Mosteirinho dos Coutos, Viseu.
The Re-Design Contest for Urban Furniture/Equipment (public water tank/cistern) in a Rural Environment is an initiative promoted by the “Quinta Oficina” Association, with the collaboration of the Parish Council of Coutos de Viseu and financed by the Viseu City Hall. This contest consists in the promotion of an artistic/technical intervention in the existing deposit in Largo das Figueiras, Mosteirinho dos Coutos, Viseu.


Esta iniciativa insere-se na Programação Internacional de Mediação Artística, chamada “MOST’22”, que pretende estimular o cruzamento disciplinar das artes, dos artistas e da comunidade local, revitalizando o meio rural através da formação, expressão e educação pela arte. Nesta programação inclui-se o presente concurso, uma consequente residência artística, vários workshops e uma exposição fotográfica.
This initiative is part of the International Artistic Mediation Program, called “MOST’22”, which aims to stimulate the disciplinary intersection of arts, artists and the local community, revitalizing the rural environment through training, expression and education through art. This programme includes the present contest, a consequent artistic residence, several workshops and a photographic exhibition.




Foram recebidas 165 ideias candidatas, oriundas não só de Portugal, mas também Argentina, Uruguai, USA, Suíça, Holanda, Israel e Inglaterra

Os 5 elementos do Júri:
– O representante da Junta de Freguesia – Fernando Almeida,
– A representante da aldeia – Beatriz Pacheco,
– A representante da 5ªOficina – Cristina Nogueira,
– A artista convidada – Teresa Eça,
– A vencedora do ano passado – Ana Verónica.

Foram finalistas as ideias propostas dos seguintes candidatos:
Or Briller
Tânia Ferreira
Miguel Duarte
António Martins
Melânea Rodrigues
Inês Lacerda
Federico Lagomarsino
Maria Pessanha e Miguel Van-Zeller

IDEIA VENCEDORA:
Título: “A Trapezista”
Autor: Cláudia Fontão
Materiais: Papel multitécnica A3,300g / Canetas de desenho aquaproof de diferentes graduações/ aguarela ecoline líquida e aguarela seca van gogh/ canetas posca para alguns detalhes de cor. 
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: Oliveira de Azeméis
Residência: Fonte Santa, Quarteira 

Texto da candidatura (30-09-2022) :
A arte é e deve caber à interpretação de cada um, por isso pode ou deve levar a suposições que nos fazem questionar o que vemos. A forma como vemos é condicionada por diversos fatores externos, internos, emocionais, geracionais e blá, blá, por aí fora. Não estava no cardápio tentar explicar o que significa a obra “A Trapezista” mas aqui vai.
“A Trapezista”
As ideias fluem e são muitas que se misturam num turbilhão, talvez a ideia que tinha em mente era muito mais atrativa do que a que surgiu no papel mas, é o que temos! A trapezista porquê? Não descurando do valor do sexo masculino, agora é a mulher! Porque sim, surgiu assim.
Quem é esta mulher?  Esta mulher surge no sentido de valorizar todas(os) as que andam sempre atarefadas, com as suas tarefas domésticas e mesmo no seu caos diário consegue divertir-se nem que seja ao aproveitar os seus afazeres. Teoria do copo meio cheio ou vazio, a trapezista vê sempre o lado positivo da vida. Mesmo andando na corda bamba, sem tempo, sem vida, embrenhada na sua missão. A tarefa (roupa/animais) surge no sentido do uso da água que ainda podemos usar mas, infelizmente não sabemos até quando.
Alerta para admirar um corpinho redondinho e fofinho já que agora começa a estar em voga a preocupação como body shaming.
Água/roupa/dia-a-dia sem fim/ sem preconceitos/ bondade / liberdade…


CLÁUDIA FONTÃO

O meu nome é Cláudia Fontão, nasci a 18 de junho de 1982, em Oliveira de Azeméis,
distrito de Aveiro. De momento, a minha residência é em Quarteira ou na Quarteira
como preferirem. A minha experiência como artista foi acontecendo, uma forma de
escapar à feiura da vida, demorei a perceber que podia seguir carreira no campo
artístico. A Formação académica foi realizada na Universidade do Algarve, Licenciatura em
1ºCiclo do Ensino Básico, foi aqui que eu ampliei o meu conhecimento nas artes
plásticas, expressão dramática. Entretanto, fiz o Mestrado em Comunicação Cultura e
Artes, especialização em Teatro de Intervenção Social e Cultural na Faculdade de
Ciências Sociais da UALG. Foi um abrir a pestana! Como refere, Louis Jouvet “Se visses
a minha alma, nem conseguirias almoçar”. Durante, este percurso bonito do
conhecimento do teatro orgânico, onde se defende a autenticidade na arte do ator,
servido cruo a quem quer assistir. Fiz parte com o corpo e coração, no Grupo de
pesquisa teatral A ‘peste que articulava a sua atividade com o centro de Investigação
em Artes e Comunicação (CIAC). No meio deste processo académico, leciono desde 2008 no Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres as disciplinas de Oficina de Teatro, Área de Expressões e entre outras o leque é amplo. Mas, sempre reservada à arte plástica e performativa.
“Não sou artista, mas encaixo-me”