RESTAURO E CONSERVAÇÃO 

Ferro Forjado
com Zé Luís Loureiro – OFICINA DO ZÉ FERREIRO.

Este trabalho terá por base a recuperação de um antigo portão do mítico “Mestre Malho” de Viseu

> Para maiores de 12 anos;
> 15 vagas;
> 1€, ou 1kg de fruta da época;
> Inscrições obrigatórias pelo endereço de email: tiomanel@quintaoficina.pt

> Dia 11 Novembro:
– Introdução e história do Ferro Forjado;
– Materiais e técnicas antigas/atuais;
– Limpeza do portão.

> Dia 12 Novembro:
– Continuação da limpeza do portão;
– Levantamento e desenho das peças a reproduzir;
– Introdução aos trabalhos na Forja.

> Dia 2 de Dezembro:
– Conclusão das peças na Forja;
– Aplicação das peças;
– Conservação.

> Dia 3 de Dezembro:
– Finalização dos trabalhos;
– Tertúlia sobre conservação do património, com convidados da área.

Com este desafio feito pela Quinta Oficina, espera-se nas voltas de um portão forjado, cativar vontades e curiosidades, nas voltas de um ofício. Que neste nosso presente, parece já esquecido, ou, memória já muito ténue de uma actividade primeira, por isso principal, essencial, ao desenvolvimento e manutenção de comunidades passadas. Ferraria e Serralharia, faziam parte das actividades nobres desenvolvidas e transmitidas de geração em geração. No início, os primitivos, com um caracter místico e mágico até, pelo poder da transformação da matéria celeste, através do fogo e do seu domínio. Estamos já longe desses tempos, mas se pensarmos e observarmos a actividade de Ferreiros e Serralheiros no seu trabalho na forja, não estamos assim tão longe desse início de características divinas. Com isto, espera-se apenas, em jeito de homenagem, provocar para a criação e para a imaginação humana.
jll 2023

Um agradecimento especial à família Almeida Ferreira (Rua Cândido dos Reis, nº58 Viseu) aos antigos proprietários do portão (1040) do Mestre Malho e ao Dr Alberto Correia, autor do livro “O Poeta do Ferro”, pela participação nesta agradável tertúlia.


MESTRE ARNALDO MALHO

Se eu tivesse duas vidas,
Voltaria a ser ferreiro;
Para trabalhar no ferro,
Mais por gosto que dinheiro.

Da sua infância pouco se sabe, mas sigamos o grande escritor Aquilino Ribeiro na sua obra “Arcas Encoiradas” que a dada altura afirma “Arnaldo Malho, como salta aos olhos do entendimento, herdou um nome que era já uma auspiciação. De facto, começou de novinho a malhar o ferro. Começou de resto por onde começavam antigamente os artífices, aprendendo o abcedário do mester … . Lá reza o ditado: en forgeant on devient forgeron ou na paráfrase portuguesa: filho de peixe sabe nadar, Malho aprendeu com o pai o rude e nobre ofício. Ainda pequeno celebravam-lhe já a mestria com que sabia arrancar ao fogo uma chave de broca sem necessidade de proceder à perfuração…”.  As suas obras encontram-se espalhadas, um pouco por toda a parte, desde a casa de familiares como o candeeiro que na actual Rua do Arco ilumina a entrada da sua porta até aos lustres do átrio do Governo Civil de Lisboa e da Câmara Municipal de Viseu. O Museu Grão – Vasco reconheceu-lhe o valor, e hoje podem ser admiradas nas suas salas, saídas da sua oficina, peças como um gato de lareira, um cata – vento, um braseiro, uma lanterna com suporte, e ainda uma flor decorativa entre outras peças…

in Confraria Grão Vasco



José Luís Loureiro.

Castro Daire. 1977. Artista plástico, gravador/impressor, serralheiro e professor convidado do Departamento de Comunicação e Arte da ESEV-IPV (desde 2007), onde leciona atualmente nas áreas da Fotografia, Serigrafia, Artes Plásticas e Estudos de Composição no curso de licenciatura de Artes Plásticas e Multimédia. Desenvolve trabalho no âmbito da Serralharia Artística; Escultura; Artes Gráficas – Serigrafia e Gravura; Pintura; Fotografia e Cenografia.

Oficina do Zé ferreiro – oficina multidisciplinar que desenvolve trabalho nas áreas da serralharia artística, escultura, artes gráficas – serigrafia e gravura, pintura, fotografia e cenografia. Dando no seu percurso, prioridade à actividade manual e aos meios de produção ditos tradicionais.




Esta atividade está inserida no projeto “MOST23 – Programação Internacional de Medição Artística em Meio Rural”, uma iniciativa promovida pela 5ªOficina, com o apoio financeiro do programa municipal Eixo Cultura, Viseu2023