ESCOLA DO ERRAR

ESCOLA DO ERRAR E DESAPRENDER
Com o palhaço que há em nós, num SOS esquecimento global


PARA TODAS AS IDADES > Sessões por grupos de idades!

> Próxima “AULA ABERTA:
17 de Março, das 10h às 13h, com Filipa Pimentel, no Mosteirinho
Pré-inscrições obrigatórias pelo endereço: tiomanel@quintaoficina.pt

A imaginação é mais importante do que o conhecimento” EINSTEIN, Albert.

A “Escola do Errar e Desaprender”, não sendo um estabelecimento de ensino, é um espaço de aprendizagem livre e descomprometida, onde o brincar natural e espontâneo é o principal objectivo. As metas curriculares são definidas a cada sessão com os participantes e de acordo com as suas motivações. O ponto de partida será a realização de jogos, exercícios e brincadeiras de forma a soltar o “palhaço” que há em nós. O palhaço é um ser de grande sorte, porque vê o mundo de forma simples, bela, divertida e entusiasmante. Para ele tudo é sempre novo, tudo é positivo e mesmo aquilo que corre de forma inesperadamente menos boa, torna-se um desafio, uma oportunidade para novos caminhos de genuíno improviso… esta é a sua praia!



O CONCEITO:

O conceito desta iniciativa é a ausência de qualquer pré-conceito em relação ao ensino e à aprendizagem, pois estes dois acontecem desde sempre e inevitavelmente, desde que se viva, verdadeiramente, o “aqui e agora”. O excesso de regras, disciplina e formatação social são inibidoras de um crescimento naturalmente saudável e feliz. Nestas atividades, as únicas regras são o respeito, a bondade e o amor por si, pelos outros e pelo mundo. O mundo precisa de pessoas felizes e saudáveis. O trabalho de clown mostra-nos o lado positivo do “falhanço”, numa atitude de aguçada observação e renovada felicidade. É com este espírito que, em todas as sessões, cada um abraçará as suas tarefas (auto-propostas), sem ambições de exibir ou corresponder a qualquer expectativa, parâmetro de sucesso ou qualidade! Ninguém vai avaliar, mas todos estarão a questionar e, por isso mesmo, sempre a aprender e desaprender.

Nós não paramos de brincar porque ficamos velhos, nós ficamos velhos porque paramos de brincar” – George Bernard Shaw


O FUNCIONAMENTO:

O slogan da 5ªOficina é: “Natureza, Artes e Ofícios” e também aqui na “Escola do Errar e Desaprender” estes serão os três pilares fundamentais. Todas as sessões começam com um jogo/exercício de clown, de expressão dramática e corporal, seguido de um passeio pela quinta. As atividades a realizar, (des)orientadas por um artista convidado, são então descobertas e definidas pelo grupo, consoante as suas características e contexto de cada sessão.

No meio da Natureza vai-se brincar livremente com o Humor, a Criatividade, a Expressão Artística e a Atividade Física, mas sem grandes pretensões, pois se num dia poderemos construir um castelo ou interpretar “A Divina Comédia”, na semana seguinte poderemos ficar duas horas apenas a contemplar uma frenética corrida de caracóis. Iremos contrariar a tendência do “Esquecimento Global” das coisas simples: vamos parar, sentir… ver, ouvir, cheirar, mexer e… sujar-nos! Os (des)orientadores irão apenas “sugerir caminhos”e poderão haver vários grupos de trabalho/brincadeira, de diferentes idades. Nenhum familiar poderá ficar ali “só a ver”, poderão sim participar, mas num outro grupo diferente, ou então vão passear e que sorte terem ali ao lado a EcoPista do Dão com 50 kms para fazer! Também não entram telemóveis, apenas as “velhas tecnologias” são permitidas.


>> Algumas das possíveis atividades:
Teatro e improvisação;
Malabarismo;
Música e Dança;
Yoga e Meditação;
Artesanato;
Artes plásticas, Pintura e Escultura;
Oficinas de Construção e Desconstrução;
Agricultura;
Observação e Limpeza da Natureza;
Corrida e Caminhada;
Passeios de bicicleta;
Orientação e princípios de sobrevivência;
Desporto-aventura;
Acampamento.


AFERIÇÃO DE RESULTADOS E APRENDIZAGENS:

Não haverá qualquer tipo de avaliação, no entanto haverá muitos momentos de reflexão e análise das atividades realizadas, das diferentes tarefas de cada um e da tomada de consciência de tudo o que nos foi acrescentado (partilhado, compartilhado e até retirado). Estes momentos serão espaços de consolidação das experiências e aprendizagens pessoais e/ou coletivas. Poderá ser sugerida, como exercício, alguma “materialização” destas reflexões, de forma a cimentar e perpetuar coletivamente cada sessão, através de ferramentas de estímulo ao espírito crítico.




+INFOS:

> O valor/sessão é de, simbolicamente, 1€ ou 1kg de fruta da época.

> Todas as atividades são ao ar livre, na 5ªOficina, no Mosteirinho dos Coutos de Viseu.

> Deverão apresentar-se com roupa e calçado confortáveis e prontos a sujar-se.

> Os participantes que sejam familiares do mesmo agregado, não poderão estar juntos, mas poderão estar em grupos separados com atividades em simultâneo.

> Cada grupo não deverá ultrapassar os 10 participantes e, dependendo das idades e suas características, poderão ser constituídos grupos diferentes. Sem qualquer rigidez, faremos grupos dos 6 aos 12 anos, dos 13 aos 17 e dos 18 aos 180…

> Em cada sessão estarão sempre, no mínimo, dois adultos responsáveis.

> Poderá haver, no final de algumas sessões, um pequeno momento de partilha com os familiares e amigos, apresentando alguns dos trabalhos desenvolvidos.

> Os participantes, maiores de 16 anos, poderão ter a possibilidade de acampar no espaço da Quinta Oficina, durante o fim de semana, para o desenvolvimento de atividades complementares.

>> Toda a gente é convidada a vir visitar os nossos espaços e assim já terão uma pequena ideia do que vos espera nesta “escola”…


A próxima “aula” aberta, será dia 17 de Março, das 10h às 13h, com Filipa Pimentel

Filipa é a mãe da Catarina e da Isabel e tia ‘postiça’ de um ror de outras crianças e adolescentes.
Vive em Bruxelas desde o ano 2000, mantendo raízes bem vivas e profundas em Portugal. Neste momento, divide o seu tempo entre Bélgica e Viseu.
É licenciada em Engenharia Florestal, com especialização em Gestão de Recursos Naturais pelo Instituto Superior de Agronomia. Começou por trabalhar como investigadora na área de Ecologia Florestal, no Instituto Superior de Agronomia. Já em Bruxelas, trabalhou como conselheira política na área de sustentabilidade, passando por várias Instituições Europeias e noutras organizações não-governamentais. O contacto com o Movimento de Transição inspirou uma mudança profunda na sua vida: despediu-se do trabalho que tinha nas Instituiçoes Europeias e dedicou-se totalmente ao ativismo de regeneraçao social/ambiental.
Neste momento, tem um papel de liderança na Transition Network, coordenando a Rede Internacional de Transição, explorando com pessoas de todo o mundo como desenvolver infraestruturas sociais, cultura colaborativa e novas formas liderança capazes de apoiar um movimento que tem a missão de contribuir para uma profunda mudança social. Tem também o papel de representar o movimento de Transição junto às Instituições da União Europeia.
Foi cofundadora da Iniciativa de Transição de Portalegre e foi iniciadora da AJUDADA, um evento internacional experimental na área de acção comunitária no tema da Economia da Dádiva
É formada no método de governança partilhada da Université du Nous e da Sociocracy for All e teve formação de facilitadores pela Prosocial.world. É formadora de métodos de inteligência colectiva e da metodologia de Transição.

Alguns links:
https://transitionnetwork.org/
http://www.ajudada.org/pt/default.html
https://universite-du-nous.org/
https://www.sociocracyforall.org/
https://www.prosocial.world/


A última sessão foi no dia 26 de Novembro’23, com Vanessa Chrystie Perdigão [ UK / PT ]

Vanessa Chrystie,
A natureza é a rocha mãe, a pedra de toque do meu trabalho. Emergir no mundo natural, em silêncio, poder ouvir, sentir, entender e absorver é o meu ser e o meu estar. Comecei por o desenhar, e pintar, através de flores. Há muitos anos questiono a nossa relação com a natureza, a importância da paisagem esculpindo a minha personalidade, a personalidade de cada um de nós, e vice-versa, as paisagens que vamos todos criando. Esta pesquisa, é agora confrontada com o caos, um estado crítico de rutura, da fauna, da flora, dos equilíbrios a extinguirem-se rapidamente, já aqui, à nossa beira. Este é o sinal de alarme tocado a rebate…e quem o ouve? Registo-o através do desenho a grafite, da aguarela, da tinta da china, do guache e do lápis de cor, sobre o grão do papel, do veio da madeira, da textura e do toque do tecido. Paralelamente, trabalho o barro, transformo-o em cerâmica evocando joalharia, reciclo vidro, faço fotografia, cianotipia, impressão e tingimento com taninos e cores naturais, sobre diferentes materiais, com a obsessão do respeito pela natureza. O Ar.Co foi há 22 anos, desde aí, trabalhei e vivi sempre como artista, pontualmente ensinando artes em instituições e escolas, expus coletivamente e individualmente em vários espaços públicos e museus nacionais, em galerias de arte. Hoje vejo os meus trabalhos em várias coleções publicas e privadas de Portugal, e em países do mundo.



A sessão do dia 29 de Outubro’23, com a desorientação da Emanuela Schirripa [ IT / PT ]

Emanuela Schirripa. Nasci na Itália e vivo em Portugal desde 2016. Sou mãe de duas maravilhosas crianças. Sou Professora de Yoga aéreo e de Acrobacia Aérea em tecidos verticais, dou aulas de GPT – Ginástica Para Todos nas Freguesias de Romãs, Rãs, Carvalhal e Silvã de Baixo (concelho de Sátão). Trabalho nas Artes do Espetáculo como Clown e Performer de Dança Aèrea e Acrobacia em Duo. Colaboro ativamente num projeto de escola holística e integral, CasAprendizagem, gerida e suportada por famílias no concelho de Sátão. Desde novinha gostei de todas as nuances do mundo artístico, gostei de perceber as reações do público, gostei de brincar com as vulnerabilidades e ,na minha idade adulta, a Arte tornou-se um veículo para expressar e mostrar emoções de uma forma genuína e leve.  Comecei o meu percurso formativo na Universidade de Psicologia de Padova (IT), Ciências Cognitivas e Psico-biológicas. Adaptei estes estúdios a ambientes comunitários e de integração social até 2013 quando dei-me conta que gostava de seguir o estudo das emoções e da cognição humana de uma forma mais brincalhona. Assim que, apaixonada pelas Artes Circenses, em 2013 comecei a minha formação de acrobacia aérea na escola de circo AIRE em Barcelona, descobrindo o potencial desta disciplina na integralidade do corpo e da mente humana. Comecei a estudar o movimento, integrando a formação com o Yoga e com a Ginástica Acrobática. Abri as portas ao estudo do meu próprio clown, seguindo maestros como Eva Ribeiro (PT), Tom Roos (BE) e Gardi Hutter (CH). O estudo do movimento tornou-se o perfeito aliado do estudo das emoções, sobretudo quando comecei a proporcionar laboratórios de ”Arte, Acrobacia e Natureza” para crianças, com o objetivo de lidar com os nossos próprios desafios e os nossos medos, percebendo e respeitando o trabalho individual e coletivo. Que mais: sigo com a mesma curiosidade de quando era pequenina, mesma vontade de explorar o mundo das emoções, junto a todas as expressões artísticas!



A primeira sessão foi no dia 30 julho’23, com Corina Ollett [ PT / AR / UK ]

É uma criadora de teatro e uma defensora apaixonada do teatro de fantoches e dos seus diversos estilos. Tendo trabalhado por mais de 10 anos como marionetista, ela treinou em “estilo Bunraku”, luva, bastão, sombra e marionetes de objetos.
Há cinco anos chegou a Portugal, onde trabalhou em colaboração com a Associação Artística D’Orfeu, o CLDS de Pedrógão Grande, partilhando e ensinando os seus conhecimentos de bonecos em palco, e dentro da AEPG.
Corina estudou em Inglaterra, na Escola de Teatro do Bristol Old Vic, como Cenógrafa, mas prefere brincar e participar na criação. Encontrou-se no Teatro de Fantoches e numa equipa de teatro improvisado.

No Ref: SIIGAC/2023/3630
Registo n.o 2079/2023 – ESCOLA DO ERRAR E DESAPRENDER
INSPEÇÃO-GERAL DAS ATIVIDADES CULTURAIS – DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL



Estas 4 sessões iniciais estão inseridas no MOST’23 – Programação Internacional de Mediação Artística em Meio Rural, são apoiadas pelo Município de Viseu e financiadas pelo EixoCultura.